sábado, 14 de fevereiro de 2015

Os começos, sempre os começos...

Se há algo que tenho feito na minha vida é começar de novo, voluntaria e frequentemente... um novo livro, um novo projecto ou desafio, um novo lar, uma nova amizade, uma nova paixão.
 
Embora curtos, os meus percursos fazem-se a passos firmes, de uma intensidade que só os começos conseguem proporcionar. Sei que por onde passei, deixei a minha mensagem gravada na árvore, recordações na mente dos que me acompanharam a breve trecho e no coração daqueles que amei e puderem, ainda que num lapso, retribuir-me.
 
Poder-se-ia pensar que vivo numa autêntica manta retalhada de memórias com pontas soltas, "algos" que ficaram por dizer, percursos inacabados, situações por resolver... mas a minha nítida sensação é precisamente a contrária. Que, a cada fase que acaba e inicia-se outra, nada fica por fazer ou dizer porque o momento foi o certo, o oportuno e não poderia ser antes nem poderá ser depois.
 
Não tenho uma, tenho várias famílias especiais e cheias de particularidades conforme as geografias onde as deixei; não tenho raízes profundas, mas sim jardins que deixo ao cuidado de quem quer perpetuar a minha presença; não tenho lembranças, mas as mais belas memórias com uma banda sonora de estridentes risadas e músicas que embalam momentos inesquecíveis sem necessidade de selfies ou foto de grupo pois não há melhor câmara que a da minha retina que grava directamente na alma as imagens destes bons momentos.
 
Que os começos se perpetuem na minha vida, ainda que nos mesmos lugares, com as mesmas pessoas, mas novas e intensas memórias. Não saberia nem quereria viver de outro modo...
 
 
*Este post dedico-o á minha "equipa maravilha" de Luanda 2009-2013

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