terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Saudades

Saudades são uns bichinhos microscópicos que entranham-se na pele, passam para a corrente sanguínea, fazendo diminuir o fluxo de sangue ao coração, causando falta de ar por breves momentos. Estas crises normalmente são cíclicas e repetitivas até que sinto o teu cheiro, a tua pele, a tua barba no meu queixo.
A esta patologia junta-se a ansiedade quando desvias o olhar, esquivas-te a que te leia a alma e perde-se o que é importante… não consigo descortinar o que no teu íntimo se passa e que os teus olhos teimam em esconder.

Estás perto mas sinto mais saudades que nunca, um formigueiro na pele, por dentro, que arranho incansável sem nunca sentir um minuto de alívio. 

Não me abraces como ontem, mas como hoje, com tudo de diferente que um novo dia ao teu lado possa trazer. Não digas o mesmo que há dois dias atrás, tudo mudou entretanto, minutos e horas correram numa direcção que nem eu nem tu sabemos qual foi... e que decididamente não nos é comum.

Diz-me só quando deva ir e largar o abraço apertado e o beijo à pressa… não te esqueças que eu vou mas as saudades de ti, ficam. Mal consigo respirar…

A ti, CS.

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