Sei que ela precisava de partir e
não podia ficar, mas era mesmo necessário este desalento tão grande que agora me
rodeia? Onde antes eu tinha o seu sorriso, o seu constante carinho, o conforto das suas palavras, jaz um espaço vazio que não pode ser preenchido, porque é só dela.
Ela é o ser mais bondoso, abnegado
e tolerante com quem tive o privilégio de cruzar-me nos meandros intrincados
deste caminho sinuoso a que, vulgarmente, chamamos viver. Devia ser proibido magoarem-na como
o fizeram e punido com largos anos de solidão sem uma réstia de calor humano.
Lembrar-me-ei sempre dos nossos brunchs a olhar o mar, das conversas
profundas e apaziguadoras que apenas tinha com ela, da perspectiva positiva que
sempre me mostrou quando só vislumbrava a incerteza no dia de amanhã, na nova aventura que empreendi por terras de África.
Sei que a terei sempre ao
alcance de um telefonema, de um e-mail, mas desde quando o apreço e amizade chegam por cabo?
Ela é minha, muito minha e embora
tenha partido fisicamente e não possa tê-la perto, nunca vai deixar de o
ser.
A ti, APC, que hoje deixaste-me com muitas
saudades tuas... até já.
:(
ResponderEliminaros bons vao se embora....
:(
manu